Azure Compute: escolhendo o SKU ideal de VM para seu workload

Azure Compute: escolhendo o SKU ideal de VM para seu workload

30 de Outubro de 2025

Introdução

Nem toda máquina virtual é igual e no Azure, escolher o SKU certo faz toda a diferença entre uma infraestrutura eficiente e uma que desperdiça recursos (e orçamento).

Com centenas de tamanhos disponíveis — séries D, E, F, L, N, entre outras, é essencial entender como dimensionar corretamente CPU, memória, disco e rede para cada tipo de workload.

Neste artigo, você vai aprender:

  • As principais famílias de máquinas virtuais e suas características;
  • Como escolher o SKU ideal para cada tipo de aplicação;
  • Estratégias de otimização de custo e performance;
  • E boas práticas de monitoramento e ajuste contínuo.

1. Entendendo as famílias de VMs no Azure

O Azure organiza suas VMs em famílias (ou séries), cada uma otimizada para um perfil de workload. A tabela abaixo resume as principais:

FamíliaFocoExemplo de SKUCaracterísticas principais
B-Series (Burstable)Custo-benefício, workloads intermitentesB2ms, B4msGanha créditos de CPU quando ociosa e usa em picos de carga.
D-Series (General Purpose)Workloads balanceadosD4s_v5, D8as_v5Equilíbrio entre CPU, RAM e disco. Ideal para servidores web e apps gerais.
E-Series (Memory Optimized)Banco de dados e cachingE8s_v5, E32as_v5Alta proporção de memória por núcleo.
F-Series (Compute Optimized)CPU intensivoF16s_v2, F8s_v2Alto clock e custo menor por vCPU.
L-Series (Storage Optimized)Workloads de IO altoL8s_v3, L16s_v3Alta taxa de leitura/escrita em disco local NVMe.
N-Series (GPU)IA, renderização e inferênciaNC24ads_A100_v4, ND96asr_v5GPU NVIDIA A100/H100, ideal para AI e ML.

Dica: comece sempre pela série Dsv5 para workloads genéricos e ajuste conforme o perfil de CPU/memória.

Documentação: Tipos de máquinas virtuais no Azure

2. Estratégias de dimensionamento (sizing)


Etapa 1: entenda o perfil de carga

Use métricas reais (CPU, memória, disco e rede) de workloads on-premises ou ambientes piloto. Ferramentas como Azure Migrate e PerfInsights ajudam a estimar o tamanho correto.

Etapa 2: defina o tipo de otimização

  • CPU-bound: prefira F-Series ou D-Series.
  • Memory-bound: use E-Series.
  • IO-bound: escolha L-Series (NVMe local).
  • GPU: vá de N-Series (A100/H100).

Etapa 3: valide a escalabilidade

Simule crescimento horizontal e vertical com VM Scale Sets e monitore performance via Azure Monitor Metrics.

3. Otimizando custo sem sacrificar performance

Dimensionar corretamente também significa economizar de forma inteligente.
O Azure oferece várias opções para otimizar custo:

EstratégiaDescriçãoEconomia potencial
Reserved Instances (1 ou 3 anos)Reserva capacidade com desconto fixo.Até 72%
Spot VMsUsa capacidade ociosa com preço variável.Até 90%
Auto-shutdownDesliga VMs ociosas automaticamente.10–25%
Azure AdvisorRecomenda redimensionamento automático.Variável
Hybrid BenefitReutiliza licenças Windows/SQL on-premises.30–50%

Combine Reserved Instances para workloads estáveis e Spot VMs para cargas transitórias (como renderização, testes ou CI/CD).

4. Monitorando e ajustando o desempenho

Monitorar é essencial para evitar subutilização ou gargalos.
Use Azure Monitor, Metrics Explorer e Workbooks para acompanhar:

  • CPU % e créditos em VMs Burstable;
  • Disco e latência em L-Series;
  • Rede (Tx/Rx bytes) em ambientes de alta transferência;
  • GPU usage (DCGM) em VMs N-Series.

Configure alertas no Azure Monitor para sugerir resize automático quando a média de CPU estiver abaixo de 20% ou acima de 80%.

Saiba mais: Monitoramento de máquinas virtuais no Azure

5. Boas práticas de design e operação

  • Use Azure Compute Gallery para imagens consistentes.
  • Padronize SKUs por ambiente (D4s_v5 em dev/test, E8s_v5 em prod).
  • Centralize logs e métricas em Log Analytics Workspace.
  • Combine Azure Policy com tags (tier=prod, costcenter=finops).
  • Use Automation Account para desligar VMs fora do expediente.

Evite misturar séries de VMs no mesmo Scale Set, isso pode gerar diferenças de performance e comportamento de alocação.

Conclusão

Escolher o SKU certo de VM no Azure é uma das decisões mais importantes para equilibrar custo, performance e confiabilidade. Mais do que comparar núcleos e memória, é sobre entender o perfil do workload e aplicar as ferramentas corretas para ajustar, automatizar e evoluir com previsibilidade.

ObjetivoMelhor escolha
Workloads genéricos e balanceadosDsv5 / Dasv5
Aplicações que exigem muita memóriaEsv5 / Easv5
Cargas com alto IOLsv3
Computação intensiva (CPU-bound)Fsv2
Treinamento e inferência de IAN-Series (GPU)

O segredo está em combinar dimensionamento técnico + otimização financeira, garantindo o melhor dos dois mundos: performance previsível e controle total de custos.

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